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Presente Divino by Dawn Rosewood

Capítulo 121
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Um Presente da Deusa Capitulo 120: Livro Dois - Capitulo 13 Deixei Noah nas méos capazes de Zac e recebi sua palavra de que ele ligaria para meu pai para dizer que o trabalho foi concluido normalmente. Ele estava arriscando muito por minha causa, eu sabia que.

Muito risco pelo que parecia absolutamente nenhuma razéo.

O nivel de perigo associado a este plano insano ndo passou despercebido para mim.

Afinal, a Gltima coisa que eu queria era que o nde Zac acabasse na minha préxima pasta manilha. Fui para casa assim que pude, deixando tempo suficiente para chegar bem antes do amanhecer, e caminhei em diregao a minha porta da frente.

Mas foi quando eu estava entrando pelo portdo da frente da nossa propriedade que algo chamou minha atengao.

Era uma senhora idosa, encolhida em um xale, parada na rua do lado de fora.

Ela tinha cabelos e olhos grisalhos para combinar, claramente em uma idade que sugeriria uma casa de repouso ou cuidador.

E, no entanto, ela ficou aleatoriamente do lado de fora da minha casa as trés horas da manha, olhando diretamente para mim.

Parei por um momento e olhei em volta, tentando ver se ela estavaalguém.

Mas quando a rua vazia estava completamente silenciosa e desprovida de qualquer outra vida, comecei aperguntar se talvez ela tivesse se perdido.

...Mas eu realmente tinha energia para lidarisso agora? Eu ja estava tao exausta e sé queria entrar para dormir na minha prépria cama, algo que seria a primeira vez depois de muitos dias.

Eu ja podia visualizar perfeitamente o quo mameu travesseiro seria...

apenas implorando para ser colocado e—.

“Eu posso salvé-la”, disse a velha de repente.

“Eu posso salvar a garota.” ...

0 que? Tirei minha mao da maganeta do portao evirei para encara-la completamente, parte de mim ainda se perguntando se ela estava falando comigo.

“..Perddo?” liguei de volta.

N&o era comum que as pessoas mais velhas perdessem a cabeca em uma certa idade? E se ela fosse uma pacientedeméncia que se afastou? Eu provavelmente deveria procurar onde ficava o hospital ou lar de idosos mais préximo e dizer a eles onde encontrar—.

“A menina. Clarissa”, disse ela.

Como se isso fosse de alguma ajuda real.

Eu olhei fixamente de volta para ela.

“Eu nao sou Clarissa,” eu esclareci.

“Eu acho que vocé—.” “Eu sei disso”, ela retrucou bruscamente,fazendo estremecer um pouco de surpresa.

“Ah... ok. Bem, essa é... sua filha?” Eu perguntei, ainda tentando ser educado.

“Ou seu cuidador? Vocé quer que eu chalguém para vocé—?" Mas entéo ela comegou a andar em minha diregdo, seu passo mais fido que eu esperava, dada sua aparéncia.

Havia algo estranhamente estranho nela também.

Uma atmosfera estranha ao seu redor.

Ou talvez eu estivesse um pouco enervadotoda a estranheza da situagao.

“Vocé nao sabe quem eu sou?” ela perguntou uma vez que ela estava a poucos metros de mim.

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“Senhora, sinceramente, eu nem tenho certeza se vocé sabe quem vocé é. Sem ofensa,” eu disse, comegando a ficar mais desconfortavel quanto mais isso se arrastava.

“Se vocé apenas esperar aqui um momento, eu vou entrar e acordar uma das empregadas. Eles talvez possam ajuda-lo ou algo assim.” Eu realmente ndoimportava maiscortesia e sé queria ir embora o mais rapido possivel.

Havia algo sobre todo esse encontro que apenasincomodou.

Quase como se eu pudesse sentir o cabelo na parte de tras do meu pescogo em pé. Euvirei e tentei abrir o portdo, mas ela rapidamente se moveu paraimpedir.

“Espere,” ela disse, e eu tive que morder meus instintosdizendo para ir.

A |6gica racional sugeriria que nao havia nadaque se preocupar. Ela era apenas uma velha senhora.

Frégil o suficiente para ser empurrado apenas pelo vento.

“Espere, um momento,” ela repetiu.

..E eu relutantementevirei para encontrar seus olhos.

Olhos que pareciam conter uma inteligéncia que eu nao esperava.

E ela falou em um tom t&o baixo que eu quase néo a ouvi.

“... Vocé conhece a verdadeira histdria da Névoa Invernal?” ela perguntou.

Sua expressao estava completamente séria enquanto eumexia desconfortavelmente sob seu olhar.

Era como se eu pudesse senti-laexaminando, analisando meu rosto para qualquer tipo de reconhecimento de que eu sabia do que ela estava falando.

O que, claro, eu no fiz.

“Isso é como um conto de fadas?” Eu perguntei.

“Era um livro que vocé costumava ler para seus netos ou algo assim?” Mas, para meu imenso desconforto, ela apenas continuou aolhar em siléncio.

“.. Senhora...?” Eu realmente queria ir embora.

Eu estava tao perto de casa, a apenas um pé de distancia de estar de volta a propriedade.

Apenas um passo a frente e eu poderia fechar o portdo entre nds.

Mas ela estava to perto de mim que eu n&o tinha certeza do que ela faria se eu tentasse.

Claramente, ela ndo estava bem da cabega.

No entanto, ao som de asas de passaros voando alto em algum lugar, ela finalmente se virou, puxando o capuz de seu xale para cima.

“Eu posso salva-la”, ela simplesmente repetiu.

“N&o se esqueca disso.” E ela comegou a andar de volta pela rua em diregao a cidade.

... O que diabos tinha sido isso? Eu nao perdi mais tempo em atravessar o porto e tranca-lo atras de mim, meu peito ainda latejando um pouco de todo o calvario.

Tanto medo causado por apenas uma velha louca.

Mas se eu tivesse que dizer uma coisa muito mais aterrorizante do que a velha, eu teria que responder que era o homem esperando por mim quando eu finalmente entrasse.

Ao passar pela porta da frente, vi que uma luz havia sido deixada acesa na sala de estar.

Uma surpresa, dado que a maioria das pessoas na casa ja deveria estar dormindo.

Naturalmente, depois de tudo o que tinha acontecido, eu tinha toda a intencdo de apenas ignora-lo e subir as escadas para o meu quarto.

No entanto, eu nao pude deixar de sentir o cheiro familiar de alguém que eu conhecia muito bem.

Meu pai. Meu pé estava no primeiro degrau da escada quando cheguei a essa conclus&o, tao perto de finalmente poder ir para a cama, mas eu sabia que a luz havia sido deixada acesa por um motivo.

Ele estavaesperando.

um pequeno suspiro, dei um passo para tras... e fui em diregéo a sala de estar.

“Meu Raven”, elecumprimentou, sentado em uma poltrona de couro.

De onde eu estava, eu sé podia ver sua arma, ele segurava uma bebida na mao, a cadeira de costas para mim.

“Pai”, respondi.

“Acabei de receber a ligagao de Zac ndo muito tempo atrés”, disse ele, tomando um gole do copo.

“Vocé estd mais tarde do que o esperado.” “Ah... Bem, havia uma velhinha I4 fora,” eu comecei.

“Acho que ela estava perdida. Continuou tentando falar comigo e ndodeixou sair—.” “Eu quis dizer o trabalho, Raven. Vocé estd varias horas atrasada do trabalho. O horacombinado deveria ter te visto em casa ha muito tempo.” FAN “Tudo correu... bem?” N&o. Nao, nao tinha.

Na verdade, eu ndo conseguia pensar em muitas maneiras em que poderia ter sido pior.

Eu cavei em coisas que definitivamente ndo deveria, abrindo uma porta para uma responsabilidade de minha prépria criagao.

Primeiro, matando acidentalmente um funcionépor um trabalho de sequestro... depois, deixando de cuidar das consequéncias desse erro.

Agora, eu continuava a esconder essa consequéncia porque nao queria a morte em minhas maos.

No entanto, eu ndo poderia mencionar nada disso para ele.

A essa altura, eu ja estava muito fundo para esclarecer.

Além disso... e eu sabia que nao deveria estar... mas nao pude deixar desentir um pouco... curiosa.

O que aquele contrabandista conseguiu descobrir? Estava relacionadoos documentos? “Sim... ah, tudo correu bem”, eu menti.

“Eu sé tive alguns problemas para entrar no prédio, é tudo. Uma multidao de pessoas estava bebendo do lado de fora e, bem, embriagadas ou n&o, elas ainda seriam testemunhas. Eu decidi jogar pelo seguro.” “E assim mesmo...?” ele meditou.

Um sentimento nervoso estava borbulhando no meu peito. Ele ndo poderia saber que eu estava mentindo...

poderia? Mas, novamente... ndo havia segredo de Eric Reid.

Eu sabia disso melhor do que ninguém.

O silénpareceu se estender pelo que pareceu uma eternidade, silencioso o suficiente para que eu estivesse dolorosamente ciente de qué&o alto até minha respiragéo parecia dentro da sala.

Ele podia sentir o quao nervoso eu estava? Ouvir as batidas altas do meu coragao? Mas, nao, isso era impossivel.

Porque amé-lo ou temé-lo, no final das contas, meu pai ainda era apenas um homem.

Um homem.

N&o um... ‘lobisomem’.

E, como um homem normal, ele nao tinha os sentidos agugados que eu possuia.

Isso sempre seria algo que nos separava.

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Pensando nisso agora, era um lembrete gritante de onde eu acidentalmenteencontrei agora.

De frente para uma encruzilhada de dois caminhos.

Por um lado, eu poderia continuar a viver cegamentemedo, esperando que as cascas de ovos ao meu redor n&o rachassemmeus erros, revelando ao mundo o quéo diferente eu realmente era.

Um caminho onde eu seguiria as regras, levando um dia de cada vez.

Esquecendo tudo que descobri, tudo que vi... todos que conheci.

Tudo para que eu pudesse continuar a servir lealmente meu pai.

0 homem quecriou, fazendo o que achava melhor para mim e para o negécio.

E, ao fazer isso, tentandosalvar de mim mesma... e dos outros... Ou eu poderia colocar a mao no bolso onde aquele cartdo-chave do hotel estava agora.

Uma promessa ligada a ele de que talvez as coisas ndo precisassem ser assim.

Uma mao quente se estendeu para mim através da escuriddo, oferecendo faiscas e uma luz que eu nunca tinha experimentado antes.

Isso eu nunca pensei que fosse possivel.

Uma maneira de retomar o controle sobre as coisas que constantementeassustavam, aprendendo a usa-las para mim.

Paratornar uma versdo de mim mesma que nao tinha limites.

Se Kieran estavadizendo a verdade e eu realmente era o que ele disse que eu era, e ele era 0 mesmo, entao eu nao tinha escolha a ndo ser pelo menos tentar explorar essa opgao? Para pelo menos arriscar que talvez um dia eu nao precisasse ter tanto medo? Meu pai poderia tentar um milh&o de coisas diferentes paraajudar a esconder meu segredo.

Para conter a criatura emanter protegido sob seu guarda-chuva de poder, escondido do mundo, mas no final do dia... ele realmente nao sabia de nada.

Assim como eu atualmente também né&o.

Ele era... apenas um homem.

Apenas um homem humano.

Alguém que nunca poderia realmenteentender.

A Unica questao real agora era...

Estou realmente fazendo isso por ele? Fazendo isso por amor a ele e ao negéem que fui criado? ..Ou estou realmente fazendo isso por mim mesmo? Ouvi quando meu pai inalou bruscamente, levantando-se da cadeira em que estava sentado e se virou para caminhar em minha direg&o.

Aquele olhar temivel dele aindaperfurou, como se ele pudesse ver tudo o que eu estava escondendo dele por dentro.

Mas mantive minha determinagdo, mantendo minha expresséo firme, comprometidaessa decisdo que tomei.

Ele caminhou até ficar bem na minha frente, olhando nos meus olhos enquantoobservavacuidado, levantando a mé&o enquanto lentamente alcangava meu rosto e...

..E ele gentilmente tocou minha bochecha.

“Bom trabalho”, disse ele simplesmente.

“Vocé fez bem.” E,isso, ele passou por mim, saindo em direg&o ao seu prépquarto para descansar.

Meus ombros relaxaram no minuto em que ouvi seus passos desaparecerem no andar de cima, mas apesar desse pequeno alivio, eu ainda estava impotenteos pensamentos que nadavam na minha cabega.

Porque pela primeira vez na minha vida, eu tinha conscientemente e voluntariamente desobedecido meu pai, chegando ao ponto de mentir para ele.

E ainda assim, de alguma forma, apesar de tudo isso... por algum maldito milagre... eu tinha escapado.

Ou, pelo menos, esse era 0 caso por enquanto.